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Com brilho nos olhos

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Orgulho, Satisfação, Comprometimento, Identificação e Parceria. Esta poderia ser a tradução da sigla OSCIP, que define as Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, se levássemos em conta as características que mais aparecem na fala de integrantes da equipe ao definir o seu trabalho no Instituto Criança é Vida. Há 21 anos formando educadores para a promoção de uma vida com mais saúde, o Instituto vem trabalhando também para garantir sempre o melhor modelo de seriedade, organização, competência, transparência em todas as suas ações.

Imagem: Instituto Criança é Vida

Segundo dados do Mapa das Organizações da Sociedade Civil feito pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas – IPEA, chega a quase 400 mil o número de Organizações da Sociedade Civil no Brasil. Com uma participação no Produto Interno Bruto Brasileiro (PIB) de 1,4%, o que corresponde a 32 bilhões de reais, de acordo com IBGE, o Terceiro Setor é também o responsável por empregar mais de 2 milhões de pessoas.

Por trás dos números que comprovam a representatividade do Terceiro Setor para a economia brasileira, a Rede Filantropia – plataforma de disseminação de conhecimento técnico para o Terceiro Setor – foi buscar também traçar um perfil das pessoas que trabalham nas organizações sociais. A pesquisa foi feita com base no seu cadastro de associados da Rede e obteve 394 respostas. Entre os entrevistados por e-mail estavam voluntários, empresas que atuam com investimento social privado, prestadores de serviços para a área social e gestores.

De acordo c0m o Censo Filantropia 2016, 39,1% dos entrevistados responderam que o ingresso no Terceiro Setor se deu por meio de uma oportunidade de trabalho. Outros 32,2%, porém, justificaram sua entrada nesse mercado por acreditar que seu trabalho ajudaria a deixar o mundo “mais justo”.

Significado pessoal

Esse é o caso também da Gerente Social e Associada Fundadora do Instituto Criança é Vida, Ana Maria Germano. “Trabalho na área social, que é o que eu sempre quis, e sinto que eu faço a diferença. Não é apenas um trabalho. É muito importante saber que você está colaborando para mudança de hábitos e costumes, de vidas de crianças e adolescentes e de famílias”, afirma.

Imagem: Instituto Criança é Vida

Há 20 anos no Instituto, que acaba de completar 21, a assistente social conta que a ausência de monotonia e os constantes desafios apresentados pelo Instituto são o que a mantém motivada e entusiasmada com o seu trabalho. “O Instituto sempre foi motivador pra mim, sempre trazendo novos desafios. Com pessoas diferentes, públicos diferentes, o projeto se renova. Isso me motiva cada vez mais a trabalhar. O trabalho é muito dinâmico, tanto que eu nem senti o tempo passar. É sempre muito bom trabalhar aqui”, revela.

É como pensa também a Coordenadora Social do Instituto Criança é Vida Roberta Silva. “A gente tem que se orgulhar e ter tranquilidade porque estamos numa instituição onde os nossos resultados vão além dos números. Nós estamos mudando vidas”, diz a assistente social que começou na instituição ainda como estagiária. Em 11 anos de trabalho, Roberta já passou por todos os processos que envolvem a execução dos projetos de formação de educadores e atualmente se diz completamente realizada com o que faz. “Hoje eu posso dizer, com certeza, que eu venho trabalhar feliz todos os dias, pensando nos desafios que temos e sonhando muito alto para o Instituto. Imagino o Instituto muito além de onde já estamos”, conta.

Imagem: Instituto Criança é Vida

A motivação e o entusiasmo com o trabalho não é exclusividade das 13 funcionárias que compõem a equipe que atua diretamente na sede do Instituto. Outros 10 prestadores de serviços completam o time de colaboradores e compartilham os mesmos sentimentos.

É o caso do Dr. Francisco Frederico Neto. Formador e Associado Fundador do Instituto Criança é Vida, ele está no projeto desde a sua criação, há 21 anos, e participou da elaboração das primeiras apostilas de formação. Pediatra formado pela Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto e mestre em Pediatria pela Faculdade de Medicina da USP, ele contou recentemente em entrevista ao site do Instituto qual é a sua maior motivação para estar no projeto há tantos anos. “Eu tenho muito prazer em aplicar as formações, pois são uma via de mão dupla em que há muita troca de conhecimento, experiência de vida e afeto, o que renova, em muito, minhas energias. Gosto de saber que cada aplicação será reproduzida para pais, educadores e funcionários trazendo novas reflexões e aplicações práticas no dia a dia de todos. Sou Coordenador do Ambulatório de Distúrbios de Aprendizagem da Filantropia do Hospital Sírio Libanês e tenho consultório particular, além de ministrar cursos e palestras em mais instituições.

“O Dr. Francisco é pediatra, mas quando vai fazer a formação, ele fala de uma forma simples. Ele cativa as pessoas, consegue falar a linguagem da comunidade. Isso é muito bacana”, elogia a Coordenadora Roberta Silva.

Valorização

Apesar de fundamental para o bom desempenho de quem trabalha na área social, a identificação com a causa não garante sozinha a total realização profissional. Por isso, o Instituto Criança é Vida também atua para oferecer sempre o melhor ambiente possível, além de buscar constantemente a valorização de seus profissionais.

Imagem: Instituto Criança é Vida

“O profissional que está no terceiro setor é porque se identifica e se realiza nessa área. Mas, apesar de estar satisfeito profissionalmente em realizar aquele trabalho, é preciso também que seja bem remunerado”, conta a Coordenadora Administrativo Financeira do Instituto Criança é Vida, Liss Andrea Garcia. Atenta a isso, ela conta que o Instituto procura sempre manter uma faixa salarial compatível com mercado do Terceiro Setor. “Temos o cuidado de ter um profissional bem remunerado, valorizado, satisfeito”, enfatiza.

A remuneração recebe a atenção permanente também da Diretora de Recursos Humanos do Instituto Criança é Vida Elaine Borges. “Verificamos constantemente as pesquisas salariais do Terceiro Setor, que acontecem a cada dois anos. Assim, analisamos e avaliamos a nossa faixa salarial de acordo com o mercado do Terceiro Setor”, conta.

Atuante também no setor privado, Elaine procura fazer ainda a integração entre o mundo empresarial e o Terceiro Setor, trazendo para o Instituto mecanismos que possam beneficiar a equipe. “Existe no Instituto uma avaliação de desempenho com o mesmo desenho utilizado no meio corporativo. Traçamos metas e a fazemos a revisão e a análise salarial anualmente. Além disso, as pessoas recebem méritos e são promovidas por performance. Toda a estrutura é profissional, mantendo as características do Instituto”, explica.

Com um orçamento anual de pouco mais de 2 milhões e meio de reais em 2016, o Instituto Criança é Vida prioriza a execução direta dos seus projetos. Por isso, aplica 77% dos seus recursos financeiros com folha de pagamento dos projetos e custos diretos da sua execução. Despesas administrativas gerais (6,73%) e da sede (7,3%), além da folha de pagamento da Administração (8,8%) dividem o restante do orçamento.

Imagem: Instituto Criança é Vida

Uma realidade que ainda não é compartilhada entre os institutos e fundações independentes ou comunitários que responderam à pesquisa do Censo GIFE 2014 (ver boxe), em que os custos administrativos e infraestrutura chegam a 39% do orçamento, enquanto as despesas com suas próprias ações sociais ficam com apenas 41% dos recursos.

Lidar com orçamentos restritos, garantir sempre a melhor destinação dos recursos, manter a qualidade final do trabalho e economizar são desafios que quem trabalha na área social precisa enfrentar diariamente. Por isso, na hora de economizar, a Coordenadora Financeira tem suas estratégias. “A negociação é o fator principal no meu dia a dia no Financeiro”, conta Liss Garcia. Na hora de negociar, são as parcerias de longa data que fazem a diferença. “A maioria dos nossos fornecedores já são parceiros e trabalham com a gente há muito tempo. Eles conhecem o nosso trabalho e estão com a gente há muitos anos. Desta forma conseguimos negociar descontos e prazos de pagamento”, explica.

Mas ter bons preços e prazos estendidos não são os únicos fatores que influenciam nas negociações. A atualização do fornecedor no mercado e a qualidade do seu produto também são levadas em consideração. “Procuramos trabalhar com fornecedores que estão sempre se atualizando, se reciclando para poder oferecer o melhor. A qualidade é algo que exigimos dos nossos fornecedores. Trabalhamos sempre mantendo a qualidade do nosso produto com o melhor preço”, ressalta.

Clima organizacional

Para a Diretora de RH, Elaine Borges, outro cuidado indispensável que o Instituto Criança é Vida tem é com o ambiente de trabalho. “É importante a garantia de manter um clima de trabalho saudável. As pessoas que trabalham com a gente precisam se sentir confortáveis, ter um ambiente bom, tanto do ponto de vista de clima como do ponto de vista físico e estrutural”, destaca.

Imagem: Instituto Criança é Vida

Para Liss Andrea Garcia, o caminho para garantir esse ambiente é aprender a conviver com as pessoas e a respeitar as dificuldades pessoais de cada um. “A gente sempre procura ter um ambiente bom e saudável porque antes de sermos profissionais nós somos seres humanos. Eu vejo o clima aqui sempre muito tranquilo. É bem gostoso estar aqui”, confirma.

A Coordenadora Social Roberta Silva aponta também a valorização das colegas e o trabalho em equipe como fatores que contribuem para um bom ambiente de trabalho e para a motivação das pessoas. Para garantir essa valorização e o sentimento de pertencimento em cada uma das pessoas que integram a equipe, sempre que participa de uma formação, Roberta faz questão de apresentar aos educadores as pessoas responsáveis pelas tarefas operacionais que contribuem para que aquele projeto aconteça.

Imagem: Instituto Criança é Vida

“É importante que todo mundo perceba a importância do seu trabalho para o sucesso dos projetos como um todo. Cada folheto que é contado, cada pasta de materiais que é organizada tem um valor porque está indo para uma pessoa que vai multiplicar esse projeto para a comunidade, gerando impacto para as famílias, para as crianças. Isso é fundamental”, opina. Para ela, essa forma de valorizar as pessoas é o que torna a equipe forte. “Nós somos uma equipe e tudo que fazemos é por uma mesma causa”, completa.

Números e transparência

Só em 2016, o Instituto Criança é Vida realizou o atendimento direto de quase 47 mil pessoas, entre famílias, crianças e adolescentes. O trabalho direto com crianças representou 73,54% do total de atendimentos no último ano. Todos os números sociais foram endossados pela BDO RCS Auditores Independentes, o que reforça a preocupação do Instituto com a transparência do seu trabalho.

O compromisso de prestar contas à sociedade também levou o Instituto Criança é Vida a ser a única instituição a atingir, em 2016, os 100% de transparência no Painel GIFE, uma plataforma online que organiza e disponibiliza informações relevantes sobre institutos e fundações associados ao GIFE como relatórios e demonstrações contábeis.

Imagem: Instituto Criança é Vida

Certificado pelo Ministério da Justiça como uma OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, o Instituto possui ainda o registro do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, que reconhece os projetos de educação para a saúde do Instituto em prol de crianças e seus familiares.

Conselho

Segundo o Censo GIFE 2016, “entre as organizações respondentes que possuem conselho, esses são formados majoritariamente por homens, que representam 73% dos conselheiros”. Diante desta realidade, o advogado Eduardo Szazi, em artigo produzido para o Censo, sugere que o tema da equidade de gênero seja abordado pela futura edição do Guia das melhores práticas de governança.

Imagem: Instituto Criança é Vida

No caso do Instituto Criança é Vida, a equidade já aparece no Conselho Consultivo, composto por 51% de mulheres. Já na Diretoria, instância que corresponde ao conselho deliberativo na tomada de decisões, o percentual de mulheres sobe para 71%, sendo quatro delas consultoras independentes, que não possuem vínculo com a organização ou seus mantenedores. A existência de membros independentes no conselho é apresentada como uma recomendação no Guia das melhores práticas de governança, apesar de ser uma prática ainda não consolidada entre os institutos e fundações empresariais, também segundo o documento.

Sempre focado em sua importante missão de colaborar para a construção de um país com mais saúde, o Instituto Criança é Vida nunca deixou de buscar, ao longo de seus 21 anos, o aprimoramento de suas ações, não só do ponto de vista pedagógico, mas também de governança e sustentabilidade. Posturas que fazem da instituição um lugar raro para se trabalhar. Uma percepção que é resumida pela fala da Coordenadora Social Roberta Silva. “Eu tenho orgulho de trabalhar no Instituto Criança é Vida, um lugar que possui seriedade, organização, que se preocupa realmente com cada conteúdo, com tudo que faz e que é multiplicado para as crianças pelo Brasil. É um lugar prazeroso, onde você trabalha com brilho nos olhos”, conclui.

Imagem: Instituto Criança é Vida